Professoras e professores que atenderam ao edital de assembleia se reuniram na última segunda-feira para decidir sobre os encaminhamentos da campanha salarial do ensino superior. E o recado foi claro: não temos mais como insistir numa negociação que desconsidera a decisão de nossa assembleia em não aceitar o rebaixamento da sentença normativa do ano 2022, por isso recusaram a última proposta patronal apresentada e mantiveram a posição de que para 2023 é possível aceitar o reajuste de 6,09% proposto pelo sindicato patronal, desde que cumprida a sentença de 2022.
Decidiram também que, diante do impasse nas negociações e da instransigência do sindicato patronal em condicionar a negociação de 2023 à flexibilização do que foi decidido para o ano de 2022 pelo TRT, farão na próxima sexta-feira um dia de paralisação e mobilização, assim como não descartam a possibilidade da greve como forma de pressionar às instituições que se negam a cumprir a sentença.
As grandes corporações seguem orientação inconsequente do sindicato patronal e estão impondo às professoras e aos professores um arrocho salarial injustificado. Não podemos aceitar essas condições.
Diante do excesso de trabalho, do rebaixamento salarial, do sucateamento das condições de trabalho, do uso e abuso de recursos online, dos ensalamentos, da expropriação de direitos autorais, dos baixíssimos valores de hora-aula é preciso lutar! Lutar porque a situação é grave, porque é preciso valorizar o trabalho de professoras e professores e reconhecer que sem ele não se faz educação, nem formação de qualidade.
Professora, professor, sexta-feira, dia 10/11, não vá trabalhar. Ajude a cobrar o que lhe é devido!
Pelo imediato cumprimento da sentença de 2022! Por direitos! Por respeito!
É greve, porque é grave!
Novembro 2023