Professores (as) de Guarulhos exigiram e exigem: “Merecemos mais!”
Vitória no STF garante imediata aplicação do reajuste e direitos de 2022
Reajuste zero ou abaixo da inflação nos dois anos de pandemia (2020/21), em 2022 apesar das salas lotadas e da retomada do presencial os donos das Instituições de Ensino Superior escolheram retirar direitos e após o Tribunal do Trabalho (TRT-SP) reconhecer nosso reajuste (10,78%) e demais direitos, o sindicato patronal (Semesp) tenta bloquear a aplicação via recurso no STF, nos deixando sem reajuste e sem as garantias da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Em 2023 propuseram nos pagar com abono ou PLR e ainda, querendo “limpar” a manobra de 2022, que os sindicatos de professores desistam da ação de 2022.
Vamos aos fatos:
A proposta patronal era, em resumo, reajuste de 2022 aplicado em março de 2023 e o retroativo pago na forma de abono ou PLR. Em 2023, reajuste de 6,09% correspondente à reposição da inflação e retroativo pago na forma de abono ou PLR.
Porque rejeitamos?: 1) Abono não é Reajuste. Não se incorpora aos salários, prejudica colegas em vias de se aposentar e causa erosão do custo de vida das (os) professoras (es); 2) Algumas cláusulas da CCT voltaram a ter redação de 2019, suprimindo alguns avanços do dissídio coletivo de 2022 e 3) Não podemos mais aceitar as condições rebaixadas que os patrões querem impor e, de outro lado, não discutir o trabalho docente online e nem o piso salarial para a categoria.
E também porque negociar 2022 seria resolver um problema causado pelos donos das Instituições de Ensino Superior e seu sindicato. O não reconhecimento da decisão do TRT-SP pelo sindicato patronal causou prejuízos aos professores. Contudo sabíamos que havia possibilidade deles perderem e eles também sabiam, por isso correram para tentar enganar os professores e usar a Campanha Salarial de 2023 para resolver que criaram em 2022. Por tudo isso, rejeitamos a proposta de 2022, e passamos a reivindicar a decisão do TRT-SP e aguardar decisão do STF.
Não vamos receber nada? Muito pelo contrário. Nós professores reafirmamos, ao longo da campanha, nossa recusa da proposta patronal e nossa confiança na luta e seguimos através do jurídico do Sinpro Guarulhos para garantir o reajuste e direitos de 2022.
E decidimos seguir exigindo na negociação com o sindicato patronal as garantias de reajuste e direitos, inclusive já foram feitas duas reuniões que se iniciaram ainda durante as férias de julho e seguem para que possamos alcançar uma proposta que respeite a dignidade das (os) professoras (es).
Vitória das (os) Professoras (es)!
Última informação: Até o fechamento deste informe, foi publicada na data de 15/08/23 a decisão do STF por meio do ministro Luiz Fux que “fica revogada a tutela provisória de urgência”, ou seja, a ação do sindicato patronal foi derrotada e a sentença de 2022 deve ser aplicada imediatamente e seguimos exigindo o cumprimento do reajuste e direitos conquistados em 2022.
Agosto 2023