Por dentro dos fatos
Quanto vale uma graduação de R$99,99 para nossa juventude?
(Folha – 29/07)
“Nosso Ministério da Educação tem permitido esse tipo de expansão, concentrada em instituições que apresentam um modelo de negócio voltado eminentemente aos lucros, sem impor uma regulação eficiente para controlar a qualidade dos cursos oferecidos e proteger nossos jovens de vários engodos.”
A destruição da EJA é um projeto racista
(Le Monde Diplomatique – 28/07)
“Há um processo em curso de destruição da Educação no Brasil, que atinge em cheio a de Jovens e Adultos. Essa frase pode parecer um tanto quanto catastrofista e alarmante, todavia ela é, e assim deve estar. O que estamos vendo e vivendo na atual conjuntura política e socioeconômica em nosso país é a reafirmação da negação do direito à educação para uma multidão de brasileiras e brasileiros que não puderam completar o ciclo da escolaridade. É a concretização de um projeto de exclusão e de expulsão de trabalhadoras e trabalhadores. O que temos é o total desprezo com a população brasileira.”
Josué de Castro: Brasil da fome, ontem e hoje
(Outras Palavras – 26/07)
“Os milhões de brasileiros que passam fome1 hoje sinalizam que a obra de Josué de Castro resiste à prova do tempo e precisa ser revisitada. Com o atual cenário marcado por um modelo de desenvolvimento agroexportador, com forte e crescente presença de produtos alimentícios ultraprocessados e profundas mudanças climáticas, uma nova geografia da fome vem se materializando.”
Criação de magistérios públicos incentivou participação feminina na educação
(Jornal da USP – 22/07)
“Apesar da desigualdade no acesso à instrução, o estudo indica que a partir da criação dos magistérios femininos, o número de mulheres alfabetizadas cresceu, e com isso elas alcançaram mais posições na área da educação. Isso foi muito importante para abrir a profissão para as mulheres. Em 1846, a gente tem a Lei Provincial da Instrução Pública de São Paulo, que leva a uma ampliação do número de cadeiras femininas, então isso cresce muito”, indicou Fabiana.”
Brasil: A precarização da carteira assinada
(Outras Palavras – 20/07)
“Estamos tratando, portanto, de um processo de pauperização extremo do trabalho formal, visto que submete milhões de pessoas que têm carteira assinada – portanto, que trabalham e fariam parte do que alguns consideram “incluídos” ou “privilegiados” dentro de um universo de relações de trabalho marcadas pela informalidade e sonegação de direitos – a condições de completa vulnerabilidade e insegurança, inclusive alimentar.”
Apesar de insistência, gestão privada em escola pública não melhora ensino
(UOL – 19/07)
“A síntese de evidências aponta duas conclusões principais: 1- a iniciativa privada na rede pública tem impacto nulo ou muito baixo sobre o desempenho dos estudantes; 2- a entrada de entes particulares aumenta a desigualdade no sistema, gerando segregação racial e socioeconômica dos alunos mais vulneráveis. Nos Estados Unidos e na Suécia, nascidos no país buscavam áreas mais distantes para estudar em escolas com menos imigrantes ou pobres.”
Para entender o artigo de Gaspari sobre a benemerência do BTG, por Luis Nassif
(GGN – 17/07)
“Gaspari narra a criação do Inteli (Instituto de Tecnologia e Liderança) implantado por Esteve dentro do campus da USP. “Esteves doou R$ 200 milhões para a construção do campus e os custos operacionais”, diz ele, comparando o feito à “vigorosa classe média americana” que financiou suas universidades e enaltece os 180 estudantes matriculados nos cursos de Ciências e Engenharia da Computação e Sistemas da Informação. A mensalidade é de R$ 5.500,00, mas metade dos alunos têm bolsas parciais ou totais, doadas por outras fundações. Ou seja, uma obra de benemerência para 90 alunos!”
Aposta em ensino a distância gera demissão em massa de professores universitários
(BBC – 15/07)
“Lima observou que a aposta de instituições privadas no ensino a distância (EaD), uma tendência que vem dos anos 2010 e se consolidou fortemente na pandemia, tinha relação com o ritmo de diminuição dos quadros de funcionários e a precarização das condições de trabalho de docentes.”
‘Revogação do novo ensino médio será bandeira de luta das(os) trabalhadoras(es) em educação nas eleições de 2022’, afirma diretora da CNTE
(CNTE – 13/07)
” Em carta aberta, a CNTE se posicionou pela revogação da Reforma do Ensino Médio (Lei 13.415/2017). O documento, assinado por diversas organizações e movimentos da educação, foi publicado no dia 8 de junho e apresenta 10 razões que evidenciam o caráter antidemocrático desta Reforma, que é um projeto de educação avesso à equidade e ao combate das desigualdades sociais e educacionais.”
Financeirização da educação – Podcast Dilemas do Sul
(Instituto Tricontinental – 14/07)
“Quem paga a conta da educação no Brasil? Em 2007, grandes grupos educacionais no Brasil fizeram uma ação inédita: abriram ações na bolsa de valores. Desde então, iniciou-se um processo de mercantilização da educação inimaginável, impactando o sistema de ensino em todas as esferas. O quarto e último episódio da primeira temporada do Dilemas do Sul entrevistou Lauro Allan Almeida Duvoisin, historiador e pesquisador do Front – Instituto de Estudos Contemporâneos, e Roberto Leher, professor e ex-reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para debater o projeto político por detrás do crescimento das empresas privadas da área de educação e o consequente sucateamento da educação pública no Brasil.”